sexta-feira, 2 de março de 2018

O palanque de Alckmin em Pernambuco

Com uma trajetória política de apenas 20 anos, Armando Monteiro foi três vezes deputado federal, senador, candidato a governador e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele substituiu o pai, o ex-ministro Armando Monteiro Filho, que deixou a política quando disputou e perdeu o Senado nas eleições de 1994.
De lá pra cá, Armando formalizou aliança com Jarbas em 1998, ficando na União por Pernambuco até 2003, quando liderou a criação do Grupo Independente que lançou Joaquim Francisco a prefeito do Recife em 2004. Depois Armando se aproximou do PT a nível nacional, tendo apoiado Humberto Costa para governador e sendo o deputado federal mais votado daquele pleito. A aliança entre ele e o PT reatou uma relação de afastamento entre os Monteiro e os Arraes no segundo turno e ajudou a eleger Eduardo Campos ao governo de Pernambuco.
Eleito senador na chapa de Eduardo, Armando nutria o desejo de sucedê-lo em 2014, fato que não se consumou, mesmo Armando tendo sido a primeira liderança política a negar apoio a João da Costa em 2011 e depois ter apoiado Geraldo Julio em vez de Humberto Costa na disputa pela prefeitura do Recife. Armando voltou a ficar com o PT em 2014 e 2016, tendo sido ministro de Dilma Rousseff quando foi derrotado pelo governo de Pernambuco.
Passado o processo eleitoral, Armando, que já havia se aproximado de lideranças políticas da oposição, formalizou o afastamento paulatino do PT, e hoje tem uma aliança mais próxima em Pernambuco do DEM de Mendonça Filho e do PSDB de Bruno Araújo. Havendo, portanto, uma grande possibilidade de ele ser o candidato a governador de Geraldo Alckmin em Pernambuco, dando-lhe um palanque competitivo no estado. Apoiando o tucano Geraldo Alckmin, Armando voltará ao seu campo político de origem, que foi o PSDB onde foi filiado entre 1990 e 1997, até ir para o PMDB e tentar um mandato de deputado federal em 1998.
Edmarlyra

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