quinta-feira, 1 de maio de 2014

20 anos sem Senna: Os 10 fatos marcantes que fizeram de Ayrton Senna um piloto único e incomparável dentro e fora das pistas

Por Leonardo Perusin

Os números falam por si: dos 161 Grandes Prêmios disputados, Senna subiu ao pódio 80 vezes, fez 65 pole positions, conquistou 41 vitórias, completou 2.982 voltas na liderança, teve 19 voltas mais rápidas, marcou 614 pontos na carreira e conquistou 3 campeonatos mundiais de F1 (1988, 1990 e 1991).

Em 1 de maio de 1994, no dia do trabalhador, Ayrton Senna deixou seu legado fazendo o que mais amava: a Fórmula 1 nunca mais foi a mesma.

Vinte anos após a morte do maior ídolo brasileiro, veja os 10 fatos marcantes que fizeram de Ayrton Senna um campeão dentro e fora das pistas:

#1 O talento na chuva
Seu desempenho extraordinário em pistas molhadas não surgiu por acaso. Ainda criança, Senna vencia uma prova de kart até começar a chover. Com a pista molhada, perdeu posições até sair da corrida. Desapontado com o resultado, treinou excessivamente debaixo de chuva até atingir a perfeição, ganhando o apelido de “Rei da Chuva”.

#2 O início do prodígio
Em sua primeira temporada, Senna mostrou que era um piloto diferente. No GP de Mônaco de 1984, pilotando uma Toleman, Senna largou na 13ª colocação. Debaixo de forte chuva, fez ultrapassagens magistrais até alcançar o então líder, o francês Alain Prost. Em uma decisão polêmica, as autoridades da FIA decidiram encerrar a prova alegando a falta de condições de segurança da pista. O seu primeiro pódio na carreira até hoje é motivo de contestação. Muitos acreditam que o resultado foi uma conspiração para impedir a vitória de Ayrton.

#3 O Rei de Mônaco
O GP de Mônaco é uma das provas mais charmosas e tradicionais do calendário do automobilismo mundial. Sendo um circuito de rua com pista estreita e curvas agudas, é considerado um dos circuitos mais difíceis do mundo. Desde sua primeira temporada, Ayrton mostrou ter uma relação bastante íntima com a pista. O "Rei de Mônaco” conquistou a vitória por 6 vezes nas ruas do Principado: 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993.

#4 O melhor entre os melhores
Entre os anos 80 e o início dos anos 90, o alto nível dos pilotos exigia muito de Senna. Ser o melhor em um período áureo da F1, entre pilotos como Nelson Piquet, Alain Prost, Nigel Mansell e Niki Lauda, valoriza ainda mais suas vitórias e torna o seu talento algo incontestável.

#5 Tudo para vencer em casa
Depois de conquistar dois campeonatos, (1988 e 1990), Senna ainda tinha um sonho: vencer uma corrida no Brasil. No GP do Brasil de 1991, embora a equipe Williams tivesse o melhor carro, Senna fez a pole, liderou a corrida de ponta a ponta e venceu. Mas não foi fácil. Com problemas no câmbio, perdeu algumas marchas no final da corrida. Além disso, sem pneus e com a pista molhada, a diferença que era de mais de 40 segundos para o segundo colocado caiu para 4 segundos. Senna chegou ao seu limite: esgotado, com cãibras por todo corpo e sem forças para levantar o troféu no pódio, essa foi uma das vitórias mais emocionantes do ídolo.

#6 Solidariedade acima de qualquer vitória
Em 1992, durante o treino de classificação para o GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps, o piloto francês Érik Comas bateu forte na curva Blanchimont e ficou com seu carro parado no meio da pista. Ao ver a gravidade do acidente, Senna imediatamente parou sua McLaren, saiu do carro e correu para ajudar. Ayrton percebeu que Érik estava desacordado e com o pé no acelerador, então desligou o carro e segurou sua cabeça em uma posição confortável para facilitar a respiração do piloto até a chegada da equipe médica. Anos depois, Érik Comas deu um depoimento emocionado à TV francesa e afirmou que Ayrton Senna salvou sua vida.

#7 Vencendo em casa Parte 2 - A Invasão
No GP do Brasil de 1993, Senna venceu em casa mais uma vez. Ao final da corrida, a pista de Interlagos foi invadida pelos torcedores brasileiros que foram até o seu carro para comemorar junto com o tricampeão.

#8 A maior primeira volta da história
Em terras inglesas, no circuito de Donington Park, no GP da Europa de 1993, Senna protagonizou o que muitos chamam de “a melhor primeira volta de todos os tempos”. Largando na quarta posição e com a pista bastante molhada, Senna foi ultrapassado por Michael Schumacher, caindo para quinto colocado. Ainda na primeira volta, Senna se recuperou e deu uma aula: ultrapassou nada menos que Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Alain Prost.

#9 O primeiro piloto a narrar a própria volta em uma transmissão de TV
Em 1994, Senna inovou. Durante os treinos livres para o GP do Brasil, já correndo pela equipe Williams, Senna narrou sua própria volta enquanto pilotava no circuito de Interlagos. Esse foi a última vez que Ayrton correu no Brasil.

#10 Por trás de um campeão, um grande homem
Em 1994, Senna realizou um de seus grandes sonhos: contribuir para a redução da desigualdade social no Brasil. Com a ajuda da família, Ayrton fundou o Instituto Ayrton Senna. Presidido por Viviane Senna, irmã do tricampeão, o Instituto cria oportunidades de desenvolvimento humano para crianças e jovens por meio da educação. A organização beneficia diretamente cerca de 2 milhões de crianças em mais de 1.300 municípios nas diversas regiões do Brasil.

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