quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Cidades do interior de Pernambuco vão ter segurança reforçada


Mais de 70% (886) dos 1.214 novos policiais civis formados ontem vão atuar fora do Grande Recife. A estratégia faz parte da meta do governo de reduzir os índices de criminalidade no interior. Além dos novos postos de trabalho, unidades da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico e da Polícia Científica serão implantadas em algumas cidades. A formatura dos novos policiais aconteceu ontem no Centro de Convenções, em Olinda, e eles começam a atuar a partir de sexta-feira.
O governador Paulo Câmara aposta que o novo efetivo diminuirá a criminalidade. “Vamos ter condições de atingir uma das metas estipuladas: todas as delegacias de Pernambuco terem um delegado, seis agentes e um escrivão. Não haverá mais acúmulo. Antes, um delegado cuidava de até quatro delegacias em municípios diferentes. Assim, haverá mais rapidez nas investigações, nas prisões, e nas operações. Esperamos dar respostas mais rápidas”, argumenta o governador. 
O novo efetivo, segundo Paulo Câmara, vai atuar principalmente na prevenção do crime. “Eles vão poder se antecipar aos fatos e fazer com que a segurança e a paz sejam uma tônica no nosso Estado”, destacou.

Para o chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral, a presença dos novos policiais vai garantir inicialmente a segurança durante os dias de Momo. “Hoje, todas as delegacias, inclusive as novas, como as nove de Combate ao Narcotráfico e a Delegacia da Mulher de Afogados da Ingazeira (Sertão), terão um titular. Acredito que será o Carnaval mais seguro da história de Pernambuco”, explicou. Dos 140 delegados, 100 estarão lotados no interior.
A gerente-geral da Polícia Científica, Sandra Santos, afirma que a ampliação dos serviços vai mudar o cenário da segurança no Estado. “O serviço de Polícia Científica, que vai da medicina legal à emissão de carteira de identidade, era pouco oferecido no interior. Com as novas regionais em Ouricuri, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Garanhuns, Palmares e Nazaré da Mata, vai melhorar o serviço para toda a população.”
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco alega que o efetivo não é suficiente. “Os novos policiais são muito bem-vindos, mas ainda não resolve o problema. Temos um déficit grande. Existem 3 mil vagas e cerca de 1.500 policiais estão preste a se aposentar, podendo sair a qualquer momento. Para resolver a questão, tem que contratar mais e cumprir a promessa de fazer concurso anualmente”, cobrou Áureo Cisneiros, presidente do sindicato.

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