segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Local da tragédia em Medellín atrai dezenas de visitantes diariamente

Muitas pessoas encaram a trilha que leva ao local do desastre aéreo diariamente (Foto: Vicente Seda)

Cinco reais. É o preço para transformar um cenário de tragédia em ponto turístico. Um passeio em família numa tarde de domingo. Por esse valor, se contrata um motoqueiro nas proximidades de La Unión para chegar a Cerro Gordo, região do acidente que matou 71 pessoas, entre membros da delegação da Chapecoense, convidados e jornalistas. Dezenas de visitantes, de todas as idades, vão diariamente ao local, como relataram os moradores. Por mera curiosidade, para rezar pelos mortos, ou por outros motivos menos nobres. Alguns se emocionam e choram, outros descem a colina brincando e rindo. Um contraste forte entre os que chegam de várias partes do distrito de Antioquia. 

De acordo com os motoqueiros que fazem o trajeto - e que não quiseram fornecer nomes ou gravar entrevistas - todos os dias as pessoas começam a chegar pela manhã e o fluxo segue intenso até as últimas horas de luz do sol. É preciso muita vontade de ver os destroços para se propor a encarar cerca de uma hora e meia de estrada de terra e pedras, cheia de atoleiros. Partindo de Medellín, o percurso leva cerca de três horas. E veículos comuns, sem tração nas quatro rodas e suspensão apropriada, ficam pelo caminho.
GE

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