PM da PB encomendou morte do vereador Cição por vingança, diz Polícia em coletiva . Dos foragidos, um tem ligação com PCC
Três policiais militares foram presos em Serra Talhada, no Sertão do Estado, acusados da série de homicídios praticados na cidade. As prisões foram resultado da operação Paz no Sertão, desencadeada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em março, após o assassinato do vereador Cícero Fernandes da Silva, o Cição.
As investigações também apontaram que o vereador morto era chefe da organização criminosa responsável pelas mortes. Quatro pessoas ainda seguem foragidas, uma delas é acusada de ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo criminoso que atua em São Paulo.
De acordo com a polícia, a morte do vereador foi encomendada por um policial militar do Estado da Paraíba. Georgenes Alves Pereira, que foi preso durante a operação, teve o irmão assassinado pela quadrilha liderada por Cícero Silva e decidiu se vingar. “O crime foi puramente motivado por vingança. No ano passado houve alguns homicídios, e as pessoas que tiveram parentes mortos por esse grupo criminoso decidiram se unir para matar o principal chefe da organização, que era o vereador”, explicou o delegado Guilherme Caraciolo.
Dos quatro envolvidos na morte do vereador, dois foram mortos pela quadrilha de Cícero Fernandez. O quarto suspeito de executar o crime, identificado como Israel Pereira Lima, é apontado como membro do PCC. A polícia suspeita que o acusado tenha fugido para São Paulo.
Segundo o delegado Francisco Océlio, que compôs a Força Tarefa designada para investigar as mortes em Serra Talhada, a quadrilha liderada pelo vereador é reponsável por dezenas de homicídios praticados na região. Os criminosos também intimidavam os moradores com ameaças. “O medo se instaurou em Serra Talhada. Ninguém se propôs a dar depoimento. Nem mesmo as famílias das vítimas deram informações relevantes para a investigação. Muitas pessoas foram ameaçadas por esse grupo”, explicou.
Três integrantes do grupo criminoso foram presos: Renato Rodrigues da Silva, Luciano de Souza Soares e Cícero Valdevino da Silva, sendo os dois últimos policiais militares. Outros três suspeitos estão foragidos. De acordo com a polícia, um dos foragidos, identificado comoWellington Silvestre dos Santos, também é acusado de participar da chacina de Poção.
Troca de comado no Batalhão: a Polícia trocou também o Comandante do 14º Batalhão na cidade. Assume o Tenente Coronel Tibério Silva. Antes, ele comandava o 3º Batalhão, em Arcoverde. Quem deixou a unidade foi o Major Gildo Tomé.
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