Promotor pede relação individualizada de marchantes a prefeito e vai convocar um a um
O promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto foi duro ao comentar a decisão de marchantes tabirenses pelo descumprimento do acordo para que – em nome da qualidade da carne – animais fossem abatidos no Abatedouro Regional de Afogados da Ingazeira.
“Fui informado do problema após contatos da Rádio Pajeú, do prefeito Sebastião Dias e do Diretor do Abatedouro Carlos Vandré. Quero dizer que o Ministério Público está determinado a fazer cumprir o que foi decidido”.
Almeida afirmou que tentou o diálogo por não ter perfil nem interesse de uma situação meramente impositiva, buscando ouvir as pessoas e compreendendo os contextos, compondo acordos da melhor forma.
Mas foi incisivo: “O Ministério Público não irá recuar dessa determinação já tomada. Enquanto Tabira não tiver condições de abater, será assim. Se o matadouro de Tabira não estiver será lacrado. Quem arrombar cometerá crime e será preso. Não vai abater”.
O promotor afirmou que solicitou ao prefeito Sebastião Dias uma relação individualizada de cada marchante. “Quero identificar um por um que será chamado ao MP para ser cientificado como abate e onde abate. Não fizemos nada para recuar. Queremos a qualidade da carne para a população de Tabira”, concluiu.
Ontem, marchantes tabirenses descumpriram acordo firmado entre MP, Prefeitura, Câmara de Vereadores e Abatedouro de Afogados da Ingazeira e abateram animais clandestinamente na Cidade das Tradições. A denúncia é de Carlos Vandré, o “Carlão”, diretor do Abatedouro, em entrevista ao programa Comando Geral – Rádio Pajeú.
Segundo ele, de sessenta animais previstos para o abate, apenas oito foram levados ao município, em flagrante descumprimento do que fora acordado. Os animais teriam sido abatidos clandestinamente em Tabira, no matadouro que estava interditado pela Adagro. “A Adagro foi comunicada oficialmente e prometeu providências”, afirmou.
Nill Junior
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