Além dos números
O Cerato não é um carro ruim por usar o mesmo motor do compacto Hyundai HB20 — seu projeto moderno e o ótimo espaço interno ajudam a equilibrar a disputa com seus rivais 1.8 e 2.0. Porém, o mercado brasileiro ainda é movido pelo valor da cilindrada, até mais do que a potência. Por isso, comparar os 128 cv do Cerato com os 120 cv do VW Jetta 2.0 não serão suficientes para superar o preconceito.
E a lista de equipamentos do Cerato não ajudará na briga. Equipado apenas com o básico para a categoria, o modelo carece de itens que vão do sistema de som com Bluetooth até o controle de estabilidade e de tração. Navegador GPS e airbags adicionais também estão ausentes na única versão de acabamento do modelo.
Mas se falta recheio no novo Cerato, sobra espaço. Com 2,7 m de entre-eixos, o sedã cresceu, virou um médio de verdade e agora briga de igual para igual no segmento. O espaço interno é adequado para cinco adultos, beneficiados também pelo assoalho traseiro plano, sem o túnel central elevado.
Faróis e lanternas contam com as modernas luzes diurnas de leds (Crédito: Divulgação)
Para cima paciência, para baixo dá licença
A clássica frase de para-choque de caminhão é exagerada para o Cerato, mas para ultrapassar o peso-pesado na estrada é necessário um pouco mais de atenção. Mas os 128 cv do motor 1.6 são bem aproveitados pelo câmbio de seis marchas, que pode ser manual ou automático. E quando a potência não é crucial, como em uma descida, o sedã mostra suas virtudes dinâmicas.
A suspensão bem acertada permite que a carroceria incline pouco nas curvas, aliada ao sistema de freios eficiente. A direção não é tão direta como a do Honda Civic, mas conta com um recurso diferenciado: assistência variável.
Ao toque de um botão o motorista escolhe os modos Conforto, Normal ou Esportivo — permitindo que o volante fique duro ou macio o suficiente para que um dedo seja capaz de virá-lo. O sistema não é novidade — o Ford Focus já tem o equipamento desde 2008. Porém, a direção de assistência variável do Cerato (e do novo Hyundai i30) é mais fácil e intuitiva de operar, bastando apertar um botão no volante.
Interior do novo Cerato lembra bastante o do sedã médio-grande Optima (Crédito: Divulgação)
Escolha de prioridades
Avaliado de ponta a ponta, o novo Kia Cerato fica no meio de uma balança e mantendo um equilíbrio tênue. Com visual moderno por dentro e por fora, o sedã se destaca pelo espaço interno, mas o motor 1.6 e a ausência de diversos itens de série pesam contra o sul-coreano. Mas o que acabará pesando mesmo para o consumidor serão suas necessidades e prioridades. Uma coisa é certa: assim como aquela ruiva (que tinha namorado), o Cerato não ficará encalhado (nas concessionárias).
O Cerato não é um carro ruim por usar o mesmo motor do compacto Hyundai HB20 — seu projeto moderno e o ótimo espaço interno ajudam a equilibrar a disputa com seus rivais 1.8 e 2.0. Porém, o mercado brasileiro ainda é movido pelo valor da cilindrada, até mais do que a potência. Por isso, comparar os 128 cv do Cerato com os 120 cv do VW Jetta 2.0 não serão suficientes para superar o preconceito.
E a lista de equipamentos do Cerato não ajudará na briga. Equipado apenas com o básico para a categoria, o modelo carece de itens que vão do sistema de som com Bluetooth até o controle de estabilidade e de tração. Navegador GPS e airbags adicionais também estão ausentes na única versão de acabamento do modelo.
Mas se falta recheio no novo Cerato, sobra espaço. Com 2,7 m de entre-eixos, o sedã cresceu, virou um médio de verdade e agora briga de igual para igual no segmento. O espaço interno é adequado para cinco adultos, beneficiados também pelo assoalho traseiro plano, sem o túnel central elevado.
Faróis e lanternas contam com as modernas luzes diurnas de leds (Crédito: Divulgação)
Para cima paciência, para baixo dá licença
A clássica frase de para-choque de caminhão é exagerada para o Cerato, mas para ultrapassar o peso-pesado na estrada é necessário um pouco mais de atenção. Mas os 128 cv do motor 1.6 são bem aproveitados pelo câmbio de seis marchas, que pode ser manual ou automático. E quando a potência não é crucial, como em uma descida, o sedã mostra suas virtudes dinâmicas.
A suspensão bem acertada permite que a carroceria incline pouco nas curvas, aliada ao sistema de freios eficiente. A direção não é tão direta como a do Honda Civic, mas conta com um recurso diferenciado: assistência variável.
Ao toque de um botão o motorista escolhe os modos Conforto, Normal ou Esportivo — permitindo que o volante fique duro ou macio o suficiente para que um dedo seja capaz de virá-lo. O sistema não é novidade — o Ford Focus já tem o equipamento desde 2008. Porém, a direção de assistência variável do Cerato (e do novo Hyundai i30) é mais fácil e intuitiva de operar, bastando apertar um botão no volante.
Interior do novo Cerato lembra bastante o do sedã médio-grande Optima (Crédito: Divulgação)
Escolha de prioridades
Avaliado de ponta a ponta, o novo Kia Cerato fica no meio de uma balança e mantendo um equilíbrio tênue. Com visual moderno por dentro e por fora, o sedã se destaca pelo espaço interno, mas o motor 1.6 e a ausência de diversos itens de série pesam contra o sul-coreano. Mas o que acabará pesando mesmo para o consumidor serão suas necessidades e prioridades. Uma coisa é certa: assim como aquela ruiva (que tinha namorado), o Cerato não ficará encalhado (nas concessionárias).
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